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Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
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01 Limoges - Limoges CV- 02

Programa: Faculdade de Direito, Biblioteca Universitária, Restaurante Universitário, Habitações para Estudantes, Habitações particulares, Boutiques, Centro Administrativo, Parque Urbano. Biblioteca Multimidia: Salas de leitura, foro da informação, estocagem, zonas de exposições, auditório, serviços administrativos e técnicos.

Localização: Limoges – França

Cliente: Prefeitura de Limoges

Projeto: 1993 (Concurso)

Área da Intervenção: Parque – 5 hectares;

Área de Projeto: Edifícios – 56.200 m²; Biblioteca – 11.000m²

Estacionamento Coberto: 1.800 vagas

Arquitetos: Emmanuel Blamont e Lucinei Caroso Neiva. Blamont & Caroso Architecture.

URBANIZAÇÃO:

A cidade é uma placa fotográfica que impressiona-se das diferentes épocas que ela atravessa.

Ao contrário do fotógrafo consciencioso que muda de placa para cada nova imagem, ela sobreimpressiona sem limite, sobrepondo sobre as antigas camadasoutras mais recentes, correndo o risco assim, de apagá-las. Uma vez que esta preciosa memória é destruída, pouco a pouco esquece-se a lógica construtiva e a cidade desestruturada perde sua identidade e os elementos constituintes da sua especificidade.

Aproveitando a oportunidade de que nos é dada através deste concurso, de revelar uma das camadas mais importantes da história de Limoges, nos propomos em materializar os vestígios do plano da antiga cidade Romana, determinando assim um nível de referência horizontal que será a base capaz de gerar a nova organização do espaço.

Criando ema varanda numa escala urbana sobre a paisagem, uma resposta contemporânea ao Jardim do Bispado, este nível de referência será destinado inteiramente aos pedestres, situado a uma altitude correspondente à cota média da parte superior do terreno.

Os vestígios dos “cardo Romanos” servirão de guia para a implantação dos volumes a serem construídos. Os mesmos serão edificados imediatamente abaixo do nível de referência e seus telhados acessíveis darão sua função original que era a de circulação.

As quadras vazias serão plantadas com vegetações estratificadas por andares, assim no plano de referência elas criarão um tapete vegetal. Desta maneira desde os grandes passeios teremos a visão da espessura vegetal. Através desta opção arquitetônica, estas quadras ou ilhas vazias se prestaram sem grandes transtornos a serem escavadas para completar os estudos arqueológicos.

BIBLIOTECA:

Sobre a influência da Abadia de São Marcial e sua Basílica de uma parte, a Catedral e o edifício do Bispado de outra parte, duas cidades se desenvolveram às sombras imponentes destes grandes edifícios, simbolizando assim a predominância do lado espiritual sobre o material.A evolução das sociedades marcada pela perda de influência das ideologias dogmáticas, vê surgir a necessidade de mudança, conduzindo a um desejo mais forte de acesso ao conhecimento, à “Cultura”.

Aos poucos a Cultura passou as substituir o Culto.Esta evolução se reflete na morfologia da cidade. Os grandes complexos culturais acabaram por destronar as catedrais do papel urbano que lhes era peculiar.

A Biblioteca Multimídia de Limoges sem exceção à regra será uma Catedral.

Representando plenamente este papel simbólico, exprimindo de maneira direta sua filiação, materializando-a através de seu volume, sua escala e seu padrão atípico, ela se destaca no “skyline” marcando assim a paisagem, apropriando-a e sinalizando-se desde longe.Ela é o local privilegiado do saber, da acumulação de conhecimentos, e então de um tesouro sem preço, pois este tesouro é na sua essência imaterial.Exprimindo isso, o edifício afirma o caráter protetor do que contêm, sugerindo a quem passa a existência, no seu interior mais íntimo, de uma ilha de calma e quietude, ao abrigo dos tumultos da cidade.

A Biblioteca é constituída de duas entidades paralelas e distintas. De um lado, o “muro de livros” encerando a estocagem, as prateleiras visíveis desde a falha compõem uma biblioteca como que um móvel gigante proporcional à cidade, do outro lado, os espaços públicos se desenvolvem em grandes plataformas. Estas estão situadas entre uma parede inteiramente de vidro, de onde se vê a paisagem, e o módulo técnico com suas curvas extremamente tensas.

Estas duas entidades são ligadas entre si por intermédio de leves passarelas de vidro. Elas são encaixadas, como para protegê-las do exterior, por uma sorte de telas duplas, curvas e verticais, em madeira, que constituem duas das fachadas exteriores. A que dá sobre a rua é compacta e fixa; a outra, sobre a esplanada ao sul, voltada para o jardim, é uma fachada dupla com pouca espessura – a interior em vidro, a exterior em madeira, composta de painéis perfurados que pivotam sobre um eixo horizontal e servem de proteção solar sem, portanto, ocultar a paisagem.

Urbanismo do Conjunto do Bairro da Prefeitura e Biblioteca Multimídia. Limoges, França. 1994
Não Construído